A construção do percurso tensivo no livro "O Conde de Monte Cristo"
Resumo
Neste artigo, analisaremos a tradução de Herculano Villas-Boas (2017, 1ª edição) do livro O Conde de Monte Cristo, um romance clássico e renomado da literatura francesa, que foi escrito por Alexandre Dumas e publicado entre 1844 e 1846, em formato de folhetins diários. Como ferramental teórico e metodológico utilizaremos a semiótica tensiva, desenvolvida por Zilberberg, a partir das categorias ou valências que circunscrevem os eixos de intensidade e extensidade. Para isso, a análise se voltará para os percursos tensivos dos atores principais da obra, considerando, sobretudo, o andamento, a tonicidade, a temporalidade e a espacialidade dos acontecimentos decisivos e determinantes da história, tendo em vista como essa construção tensiva conduz as transformações basilares responsáveis pelo desenvolvimento e desencadeamento do romance. Como resultado central, pudemos constatar como os aspectos sensíveis, mais especificamente a intensidade tônica, é responsável por sensibilizar e atrair a atenção do destinatário leitor ao texto.
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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321-22802
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