Memes na formação inicial de professores de inglês

Nayara Stefanie Mandarino Silva, Thainná Melo Nunes

Resumo


Entendendo a importância dos memes na cibercultura e considerando as potencialidades do trabalho com esse gênero textual híbrido nas aulas de língua inglesa, este artigo visa analisar atividades propostas por professores em formação inicial nas quais memes são trabalhados. A pesquisa foi desenvolvida com graduandos do curso de Letras Inglês de uma universidade federal do nordeste do Brasil. A metodologia utilizada é qualitativa e se delineia como um estudo de caso. Além disso, o referencial teórico inclui Dawkins (1976; 1986), Díaz (2013), Gee (2004) e Knobel e Lankshear (2007), entre outros. A análise das atividades/aulas planejadas pelos participantes demonstra a pouca importância dada às imagens e a dificuldade na exploração das potencialidades dos memes, especialmente no que concerne ao trabalho adotando uma perspectiva crítica.


Palavras-chave


Memes. Formação Inicial de Professores. Língua Inglesa.

Texto completo:

PDF

Referências


BEZERRA, S. S. Letramentos em questão: um resgate histórico. Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 9, n. 1, p. 131-139, 2017.

BLACKMORE, S. The Meme Machine. New York: Oxford University Press, 1999.

CALIXTO, D. de O. Memes na internet: entrelaçamentos entre educomunicação, cibercultura e a ‘zoeira’ de estudantes nas redes sociais. 2017. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

CALIXTO, D. Memes na internet: a “zoeira” e os novos processos constituidores de sentido entre estudantes. Revista Tecnologias na Educação, [S.l.], v. 25, n. 1, p. 1-13, 2018.

COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL. Pesquisa TIC KIDS ONLINE BRASIL 2018: Pesquisa Sobre o Uso da Internet por Crianças e Adolescentes no Brasil. São Paulo: GCI.br, 2018. Disponível em: https://www.cgi.br/media/docs/publicacoes/216370220191105/tic_kids_online_2018_livro_eletronico.pdf. Acesso em: 3 jun. 2020.

COPE, B.; KALANTZIS, M. “Multiliteracies”: New Literacies, New Learning. Pedagogies: An International Journal, [S.l.], p. 164-195, 2009.

DAWKINS, R. The selfish gene. London: OUP, 1976.

DAWKINS, R. The Blind Watchmaker. New York: W. W. Norton & Company, Inc., 1986.

DENNET, D. Darwins Dangerous Idea. Great Britain: Allen Lane The Penguin Press, 1995.

DÍAZ, C. M. C. Defining and characterizing the concept of Internet Meme. Revista CES Psicología, Colombia, v. 6, n. 1, p. 82-104, 2013.

FERREIRA, R. F.; CALVOSO, G. G.; GONZALES, C. B. L. Caminhos da pesquisa e a contemporaneidade. Psicologia: Reflexão e Crítica, [S.l.], v. 15, n. 2, p. 243-250, 2002.

GAL, N.; SHIFMAN, L.; KAMPF, Z. “It Gets Better”: Internet memes and the construction of collective identity. New Media & Society, [S.l.], v. 18, n. 8, jan. 2015. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1461444814568784. Acesso em: 10 mar. 2019.

GEE, J. Situated Language and Learning: A Critique of Traditional Schooling. New York: Routledge, 2004.

JENKINS, H. Cultura da convergência. Tradução de Susana Alexandria. São Paulo: Aleph, 2009.

JORDÃO, C. M. Abordagem comunicativa, pedagogia crítica e letramento crítico – farinhas do mesmo saco? In: ROCHA, C. H.; MACIEL, R. F. (Orgs.). Língua estrangeira e formação cidadã: por entre discursos e práticas. Campinas, SP: Pontes Editores, 2013. p. 69-90.

JORDÃO, C. M. O que todos sabem.... ou não: letramento crítico e questionamento conceitual. Revista Crop, [S.l.], n. 12, p. 21-46, 2007.

JUCÁ, L. Ensinando Inglês na Escola Regular: a escolha dos caminhos a seguir depende de onde se quer chegar. In: JESUS, D. M.; CARBONIERI, D. (Orgs.). Práticas de multiletramentos e letramento crítico: outros sentidos para a sala de aula de línguas. Campinas: Pontes, 2016. p. 99-119.

KNOBEL, M.; LANKSHEAR, C. Online memes, affinities and cultural production. In: KNOBEL, M.; LANKSHEAR, C. (Eds.). A new literacies sampler. Berna: Peter Lang, 2007. p. 199-228.

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

LÉVY, P. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2009.

LIMA, E. S. Sei navegar na internet: serei eu um letrado digital? Jundiaí, SP: Paco Editorial, 2016.

MACIEL, R. F.; TAKAKI, N. Novos letramentos pelos memes: muito além do ensino de línguas. In: JESUS, D. M.; MACIEL, R. F. (Orgs). Olhares sobre tecnologias digitais: linguagens, ensino, formação e prática docente. Campinas: Pontes, 2015. p. 53-82.

MENEZES DE SOUZA, L. M. T. O Professor de Inglês e os Letramentos no século XXI: métodos ou ética? In: JORDÃO, C. M.; MARTINEZ, J. Z; HALU, R. C. (Orgs.). Formação (Des) formatada: práticas com professores de língua inglesa. São Paulo: Pontes, 2011a. p. 279-303.

MENEZES DE SOUZA, L. M. T. Para uma redefinição de Letramento Crítico: conflito e produção de significado. In: MACIEL, R. F.; ARAÚJO, V. A. (Orgs.). Formação de professores de línguas: ampliando perspectivas. Jundiaí: Paco Editorial, 2011b. p. 128-140.

MONTE MÓR, W. Critical literacies, meaning making and new epistemological perspectives. Revista Electrónica Matices en Lenguas Extranjeras, Bogotá, n. 2, 2008.

PAIVA, V. L. M. Ensino de língua inglesa no Ensino Médio: teoria e prática. São Paulo: Edições SM, 2012.

PAIVA, V. L. M. de O. O uso da tecnologia no ensino de línguas estrangeiras. In: JESUS, D. M. de; MACIEL, R. F. (Orgs.). Olhares sobre tecnologias digitais: linguagens, ensino, formação e prática docente. Campinas: Ponte Editores, 2015. p. 21-34.

PARISER, E. The filter bubble: What the internet is hiding from you. London: Penguin, 2011.

RAMOS, R. R.; CÂMARA, U. F. Representação e representatividade no conflito narrativo: quando a intolerância religiosa vira meme. Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación, [S.l.], v. 16, p. 214-227, 2019.

SANTAELLA, L. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.

SANTAELLA, L. A pós-verdade é verdadeira ou falsa? São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2018.

SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Rev. Bras. Educ., [S.l.], v. 14, n. 40, p. 143-155, 2009.

SHIFMAN, L. Memes in a Digital World: Reconciling with a Conceptual Troublemaker. Journal of Computer-Mediated Communication, [S.l.], v. 18, p. 362-377, 2013.

SILVA, N. S. M. Letramento crítico em um curso de debates do IsF-UFS: análises e possibilidades. In: V SEMINÁRIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA, n. 8, 2019, São Cristóvão. Anais... São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2019. p. 403-417.

TOZETTO, S. S.; GOMES, T. de S. A prática pedagógica na formação docente. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 17, n. 2, p. 181-196, dez. 2009.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução de Ana Thorell. 4.ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.




DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321-12016

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Entrepalavras © 2012. Todos os direitos reservados.
Av. da Universidade, 2683, Benfica, CEP 60020-180, Fortaleza-CE | Fone: (85) 3366.7629
Creative Commons License
Entrepalavras (ISSN: 2237-6321) está licenciada sob Creative Commons Attribution-NonCommercial 3.0.