Acción Poética: quando um estágio atravessa os muros da escola e impacta na população

Willian Henrique Cândido Moura, Naiane Carolina Menta Três, Eline Souza Barbosa

Resumo


O presente trabalho busca apresentar a prática de Estágio Curricular Supervisionado em Língua Espanhola V, realizada por dois acadêmicos do curso de licenciatura em Letras: Português e Espanhol da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), e como essa ação impactou na realidade da cidade. A prática de estágio foi desenvolvida com estudantes do Ensino Médio por meio de oficinas ofertadas no contraturno para os alunos que estudavam no período matutino. Nas oficinas de literatura contemporânea, com carga horária prática que extrapolou a obrigatória para esse estágio, apresentou-se o moderno e o contemporâneo na arte, enfatizando a literatura, a poesia, passando pela Antipoesía de Nicanor Parra até chegar no movimento Acción Poética, mostrando exemplos de práticas de poesias que foram feitas, especialmente, na América Latina, sempre analisando com os estudantes a estrutura do movimento e o que os poemas estavam significando. Na última oficina, os estagiários, a orientadora e os alunos realizaram práticas de Acción Poética em quatro muros da cidade, os quais foram previamente sondados pelos estagiários e solicitadas as devidas permissões para os responsáveis dos locais. Ao fim dessa experiência, foi aplicado um questionário aos comerciantes de estabelecimentos próximos aos muros, para verificar o impacto que as pinturas causaram na cidade. Foi possível concluir que a Acción Poética pode e deve ser considerada uma metodologia de ensino e aprendizagem de língua espanhola e suas literaturas, assim como serve de formação leitora para pessoas que circulam pela cidade, fazendo com que o conhecimento escolar ultrapasse os limites curriculares.


Palavras-chave


Acción Poética. Literatura contemporânea. Prática de estágio de língua estrangeira.

Texto completo:

PDF

Referências


AGUIAR, V. T. Como planificar la investigación en el área de la lectura. p. 127-133. In: RÖSING, T. M. K. Leitura e animação cultural: repensando a escola e a biblioteca. Passo Fundo, RS: Editora da UPF, 2002.

COUTO, L. P. Didática da Língua Espanhola no Ensino Médio. São Paulo, SP: Cortez, 2016.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Realeza. Disponível em: Acesso em: 26 maio 2018.

JOUVE, V. A leitura. São Paulo: UNESP, 2002.

MENTA TRÊS, N. C.; MIRA, E. Los productores de la Acción poética Córdoba como animadores de lectura. In: Memorias del Congreso Internacional Lectura 2018: Para leer el XXI Se ha de conocer las fuerzas del mundo para ponerlas a trabajar [CD-ROM]. La Habana, 2018.

PETIT, M. Nuevos acercamientos a los jóvenes y la lectura. México, DF: Fondo de Cultura Económica, 1999.

______. Lecturas: del espacio íntimo al espacio público. México, DF: Fondo de Cultura Económica, 2001.

PULIDO, A. A. Ritual del Susodicho/Ritual do dito cujo. Tradução de Rafael Rocha Daud. Monterrey, Mx: Mantis Editores, 2010. Edição bilíngue.

SILVA, M. R.; PINTO, A. C. T. Fronteira e educação: de que lado estamos? In: PINTO, A. C. T.; SILVA, M. R. (Orgs.). De frente para a fronteira: reflexões sobre educação em área de fronteira. Chapecó, SC: Universidade Federal da Fronteira Sul, 2014.

ZILBERMAN, R. A leitura e o ensino da literatura. Curitiba, PR: InterSaberes, 2012.




DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321-31273

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Entrepalavras © 2012. Todos os direitos reservados.
Av. da Universidade, 2683, Benfica, CEP 60020-180, Fortaleza-CE | Fone: (85) 3366.7629
Creative Commons License
Entrepalavras (ISSN: 2237-6321) está licenciada sob Creative Commons Attribution-NonCommercial 3.0.