Eufemismos e representações identitárias em fronteiras migratórias

Flavio Roberto Gomes Benites

Resumo


A partir de enunciados com termos que remetem à maneira eufemística de dizer, este texto tem por objetivo fazer uma discussão a respeito da construção identitária de migrantes gaúchos e autóctones no Estado de Mato Grosso. Embora tenhamos realizado entrevistas com gaúchos e cuiabanos, neste artigo, atemo-nos a recortes derivados do primeiro grupo, nos quais o entrevistado tece comparações entre o gaúcho dito autêntico e o cuiabano, enfatizando as questões do nascimento, da descendência, enfim, da origem. Para este intento, tomamos como pressuposto teórico a Análise do Discurso de origem francesa e uma problematização sobre a territorialidade a fim de, então, relacionarmos essas vertentes teóricas com as questões identitárias. Nos fragmentos que trazemos à baila, os resultados da análise mostram que, em muitas situações, os migrantes gaúchos, na tentativa de minimizar a representação negativa que têm/fazem do nativo, empregam uma linguagem eufemizada que lhes possibilita (re)velar as (in)certezas sobre o outro.


Palavras-chave


língua; identidade; migração.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.7.7.2.283-296

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