Entre paráfrase e polissemia: a movência dos sentidos e dos sujeitos em “saímos do Facebook”

Rodrigo de Santana Silva, Joelma Aparecida Bressanin, Giseli Veronêz da Silva

Resumo


Temos como objetivo, neste estudo, compreender os efeitos de sentido produzidos pelo enunciado Saímos do Facebook, exposto em um cartaz nas manifestações de junho de 2013 no Brasil, a partir da sua textualidade, ou seja, estabelecendo uma relação com o mesmo enunciado expresso em um cartaz no manifesto popular ocorrido anteriormente no Oriente Médio em 2010. Desse modo, pretendemos dar visibilidade ao trabalho da memória e da ruptura de sujeitos e de sentidos, isto é, aos movimentos parafrásticos e polissêmicos que se fundam sob essas diferentes conjunturas. Inserimos nosso gesto de interpretação no espaço teórico possibilitado pela Análise de Discurso (AD) de cunho materialista, que tem como representantes Michel Pêcheux, na França, e Eni Orlandi, no Brasil. Dessa forma, como resultados desse trabalho podemos concluir que o enunciado analisado produz um efeito de reinterpretação, uma retomada de outro dizer, que se modifica, faz da memória e do esquecido o novo que é, também, passível de mudanças.

 


Palavras-chave


Análise de Discurso; Paráfrase e Polissemia; Saímos do Facebook.

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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.7.7.2.229-242

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