Crenças e atitudes linguísticas de alunos dos cursos da disciplina de língua portuguesa no âmbito da educação a distância

Fátima Christina Calicchio

Resumo


Ao refletirmos sobre ‘as falas’ de alguns escritores da mídia impressa, televisiva e digital, ao pensarmos sobre as conversas referentes à língua, em qualquer esfera da vida social, sobretudo, no curso de Letras e em cursos que incluem em suas matrizes curriculares a língua portuguesa, observamos que há um conceito homogêneo sobre a língua: no caso dos falantes da língua,  há uma concepção de que a língua limita-se ao falar e escrever bem, isto é, há uma noção de que as manifestações de nossa língua são sinônimas da materialização do formalismo linguístico. No âmbito de alguns cursos de ensino superior, especificamente, o curso de Letras e áreas afins em EaD, há uma expectativa de se aprender, exclusivamente, a norma, isto é, os graduandos possuem uma crença de que durante o curso de Letras ou os cursos que têm a disciplina de Língua Portuguesa, aprenderão ‘a língua’ e não ‘sobre a língua. Assim, o objetivo deste trabalho, assenta-se na tentativa de desconstruir o conceito de língua unívoca, a fim de evidenciar se a Sociolinguística Educacional pode funcionar, ou não, como uma ferramenta favorável à desconstrução da concepção de uma variedade tida como padrão, única, para que seja possível traçar pedagogias, livros, manuais e instruções sobre os estudos da língua aos alunos e professores de Letras e áreas afins no âmbito da EaD. Para tanto, este trabalho alia estudos Sociolinguísticos a estudos de natureza funcionalista.


Palavras-chave


Sociolinguística; Formalismo linguístico; Linguagem no EaD

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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.7.7.2.371-393

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