Remedios, a bela: beleza, erotismo e poder de morte em Cem anos de solidão

Eline Aguiar Costa, Leidiane Nogueira Peixoto

Resumo


Remedios, a bela, personagem feminino da obra Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez, é a prova de que personagens “pequenos” podem ser tão complexos quanto personagens principais de grandes obras literárias. O discurso do narrador tenta nos convencer de que a Bela possui poderes de morte. Na obra prima de García Márquez, quatro homens que morrem em diferentes situações, têm algo em comum: seus caminhos são cortados por Remedios. Estas mortes estão associadas ao fato de os homens perderem a razão por ela ser uma “fêmea perturbadora”. Seus cheiros, modos e beleza inigualáveis tornam estes homens capazes de atitudes que os levam à morte. A obra, repleta de personagens femininos rebeldes, fortes e sexuais, apresenta a Bela como um personagem com um novo comportamento feminino, uma nova maneira de ser transgressora. Nossos objetivos foram apresentá-la e analisá-la, através de pesquisa bibliográfica, como um personagem feminino erótico, mágico e transgressor, exemplificando acontecimentos de sua vida. Chegamos, portanto, à conclusão que ela é tudo isso, e que seu criador não tem segurança de sua alienação ou dissimulação com relação aos sentimentos lascivos que ela causa. Ajudam-nos neste trabalho, nas áreas de teoria e crítica literária feminista e de questões de gênero, as investigações de Perrot (2007), Ribeiro (2006), Galvão e Prado Jr. (1979), Badinter (1985) e Imbriaco (2009). Nas áreas de teoria e crítica literária, fundamentam nossa análise os estudos de Rodrigues (1988), Vargas Llosa (2007), De La Concha (2007) e Josef (1993).


Palavras-chave


erotismo; perdição; Remedios, a bela.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.5.5.3%20esp.177-194

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