O erotismo e o sagrado no livro A história do olho de George Bataille

Silvane Santos SOUZA, Eliane Bispo de Almeida SOUZA

Resumo


Este artigo tem por objetivo discutir um dos pensamentos de George Bataille, a partir da análise da novela erótica História do olho, uma de suas mais marcantes obras. A História do olho é uma narrativa repleta de cenas em que a imagem do olho é vista como um objeto transfigurável. Nesse livro, Bataille defende o heterogêneo ao discutir temáticas como erotismo e sagrado, abordados numa visão que contrapõe o discurso de uma sociedade burguesa que prega o que é homogêneo, mostrando a partir das cenas eróticas um confronto à “normalidade” da sociedade da época, com a apresentação de situações até um certo ponto surreais, dotadas de transgressão. Assim, a discussão salienta que a obra de Bataille procura repudiar as questões tidas como naturais, essencialmente sobre o erotismo e a sexualidade, em que esta última se afirma enquanto dispêndio improdutivo, gasto excessivo e totalmente estéril, visto que o sexo não se apresenta como fonte de alívio ou saciedade e sim como uma grande angústia. Um marco que diferencia a obra é a relação entre sexualidade, sagrado e erotismo, indo além da simples aventura sexual, para a busca do “orgasmo” através do olho imagético. Para discutir essas questões, as ideias aqui apresentadas estão respaldadas nosseguintes autores: George Bataille, Roland Barthes, Wasghinton Drumonnd, Jürgen Habermas, Philippe Joron, Michel Leiris e Eliane Moraes.

Palavras-chave


Erotismo; Sagrado; Heterogêneo.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.5.5.3%20esp.139-154

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