Imagens do prazer em Uma janela para o Amor e Maurice

José Ailson Lemos de Souza

Resumo


Segundo Laura Mulvey (1983), o cinema hollywoodiano codificou o erótico dentro da ordem patriarcal através do prazer visual. Já nos filmes de herança, essa ordem é desafiada, uma vez que se percebe o intercâmbio entre sujeitos e objetos de prazer através da abertura para olhares femininos e imagens homoeróticas. Nesse trabalho, analiso imagens centradas na figura do homem ou do amor a partir da perspectiva de personagens femininos e homossexuais, nos filmes Uma Janela para o Amor (1986) e Maurice (1987), do diretor James Ivory. Os filmes em questão sugerem uma via alternativa para construções que tradicionalmente colocavam a mulher como objeto do desejo masculino. Assim, os filmes de Ivory incorporam o prazer visual de mulheres e homossexuais, detentores de um olhar que se projeta em espaços conservadores, como a sociedade inglesa do início do século XX, e assim cumprem um importante papel na expressão e diversificação de desejos, identificações, e narrativas que desafiam os mecanismos de opressão e os preconceitos caros à ordem patriarcal. Além de algumas noções retiradas de Mulvey (1983), recorro a Caughie (1997), Higson (2003) e Monk (2011), para contextualizar questões pertinentes ao cinema britânico, e Jost (2004), para tratar da construção do ponto de vista no cinema.


Palavras-chave


Cinema britânico; James Ivory; Prazer visual.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.5.5.3%20esp.253-268

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