Publicidade impressa: a transgressão intergêneros

Daniele de Oliveira

Resumo


De acordo com Bakhtin os gêneros discursivos podem ser entendidos como “tipos relativamente estáveis de enunciados”. Ainda que atualmente a “estabilidade” genérica tenha sido alvo de muitas investigações científicas, entendemos que, na verdade, o termo “relativamente” merece maior atenção. De fato, pode-se dizer que é a função de dado gênero que permitirá estabelecer sua caracterização de maneira mais criteriosa. E é justamente aqui que verificamos a possibilidade de transgressão em um dado gênero. O objetivo deste trabalho é, pois, investigar como se desenvolve a construção de sentidos na publicidade impressa, tendo em vista a influência da transgressão de gêneros nesse processo. Para tanto, serão considerados os conceitos de gênero discursivo proposto por Bakhtin (2003 [1979]) e recuperado por Marcuschi (2010 [2002]); a noção de genericidade instituída, proposta por Maingueneau (2004); por fim, a concepção de transgressão intergêneros ressaltada por Lara (2008) a partir da carnavalização bakhtiniana. O corpus utilizado foi uma peça publicitária impressa, na qual identificamos o fenômeno da transgressão intergêneros como fator essencial na construção de sentidos do texto. Pode-se dizer que, além da conotação humanizada da peça em tela, a transgressão intergêneros contribui de fato para a construção argumentativa do texto publicitário, constituindo-se assim uma estratégia importante nesse discurso.

Palavras-chave


Gênero textual; Publicidade; Transgressão intergêneros.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321.3.3.2.151-167

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