Dicionário monolíngue de língua estrangeira: visitas guiadas como instrumentalização para uma autonomia no aprendizado da língua
Resumo
O presente trabalho inspira-se na preocupação de muitos estudiosos de lexicografia em promover o papel dos dicionários no ensino/aprendizagem de línguas. Com base num suporte teórico de autores como Binon e Verlinde (1999), Lehmann (2014) e Galisson (1983, 1987), cujos trabalhos abordam o papel do dicionário como ferramenta de aprendizagem, propomos aqui uma visita guiada a um dicionário monolíngue de língua francesa, a exemplo daquelas que comumente são propostas para uma abordagem pedagógica em museus, catedrais e monumentos, a fim de promover, junto aos potenciais usuários de obras lexicográficas dessa natureza, uma familiarização com o enunciado lexicográfico e, por conseguinte, um interesse por uma leitura mais observadora das informações, tendo como objetivo principal a compreensão de que a consulta pode se transformar num espaço de descobertas que vai além daquilo que, eventualmente, suscitou a consulta. Esse percurso tem um valor puramente demonstrativo, de modo que, diante de suas múltiplas configurações possíveis e o interesse por aspectos específicos e variados da descrição, ele pode ser enriquecido e direcionado de outras formas por aqueles que compreendem que relegar o usuário à própria sorte, armado apenas do domínio da ordem alfabética, não basta para um bom aproveitamento do uso dos dicionários. As visitas guiadas teriam, nesse sentido, um papel importante também como exercício de sedução, com o intuito de estreitar as relações do usuário com o dicionário.
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321-10esp2070
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