Aposição não restritiva em língua portuguesa: análise e formalização segundo a Gramática Discursivo-Funcional
Resumo
Este artigo trata das construções apositivas não restritivas e sua formalização segundo o modelo da Gramática Discursivo-Funcional (GDF). Tem o objetivo de interpretar, com base nesse suporte teórico, a formulação relativa aos níveis Interpessoal e Representacional no uso dessas construções. Em Nogueira (1999, 2012), argumentei que construções apositivas não restritivas assemelham-se a parênteses por não estarem diretamente relacionadas às condições de verdade das orações que as contêm, embora contribuam para o sentido global delas. Assumi que essas expressões têm seu próprio valor ilocucional, que pode ser distinto daquele da frase em que se encontram. Em Hannay e Keizer (2005), as aposições não restritivas também são analisadas como atos discursivos separados, que tanto podem ser de referência como de atribuição. Neste estudo, com base na GDF (HANNAY; KEIZER, 2005; KEIZER, 2008; HENGEVELD; MACKENZIE, 2008; HENGEVELD, 2008), apresento uma proposta classificatória para as construções apositivas não restritivas, a partir de relações textual-semânticas e funções textual-discursivas.
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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321-6esp1286
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