Construções proverbiais justapostas: parataxe ou hipotaxe?

Ivo Costa Rosário, Letícia Martins Monteiro Barros

Resumo


Este artigo visa a investigar o estatuto das construções proverbiais justapostas em língua portuguesa. Nesse sentido, desconstrói a rígida separação entre subordinação e coordenação, geralmente baseada em critérios não muito bem definidos em relação à dependência/independência de orações. Os provérbios analisados são extraídos de textos opinativos. A investigação é feita com base em uma abordagem sincrônica e qualitativa, fundamentada teoricamente na Linguística Funcional Centrada no Uso, partindo do princípio de que relações de sentido emergem de diferentes usos discursivos. Os continua propostos por Hopper & Traugott (2003) e Haiman & Thompson (1984) servem como base para postular que as construções proverbiais justapostas estão no intervalo entre a parataxe e a hipotaxe, devido ao seu grau intermediário de integração sintático-semântica.


Palavras-chave


Linguística Funcional Centrada no Uso. Provérbios. Justaposição.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22168/2237-6321-21108

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